Estesia

Percepção sensação impressão expressão... Somos um pequeno grupo de amigos empenhados em reagir a alguns estímulos; a idéia é registrar uma reação como um flash despretensioso, registro provisório do que, provavelmente, não chegará a conhecer forma mais consistente ou duradora. Um amontoado de esboços que nunca verão arte-final.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

sobre as manchas e sobre a criatividade brasileira

Relendo os posts (nem tão antigos assim) me deparei com a preocupação de um colega de blog acerca da então morosidade que os Estados Unidos estavam demonstrando para solucionar o problema de vazamento que implicou um dos maiores problemas ambientais de nossa época. Hoje, o problema está praticamente resolvido por lá. o que não impede que nós brasileiros pensemos a respeito e, sobretudo, que as autoridades tomem atitudes e cuidados no sentido de evitar que situações como essas aconteçam por aqui. Nesse sentido, parece-me pertinente repercutir duas notícias sobre as quais tomei conhecimento na tv e na internet. tais soluções mostram a criatividade brasileira. que, na visão de alguns, é o bom jeitinho brasileiro:

Esta 1a notícia foi veiculada pela Folha de São Paulo. Mas, abaixo reproduzo o texto veiculado pelo blog Inovação e Criatividade
(ver original em:
http://sylvioss.blogspot.com/2010/07/brasil-desenvolve-tecnica-para-limpar.html)

quinta-feira, 15 de julho de 2010
Brasil desenvolve técnica para limpar petróleo no mar

Em 15/07/2010 - Folha de São Paulo - Ambiente e da Reuters, no Rio de Janeiro
O recente derramamento de petróleo no mar devido ao acidente com a plataforma submarina da British Petroleum, ao que parece hoje estancado, ainda apresenta incontáveis problemas de contaminação ambiental como também com relação ao trabalho de remoção do óleo vazado. Uma notícia publicada hoje, 15/10, na Folha de São Paulo Online, na secção Ambiente, mostra como pesquisadores brasileiros estão desenvolvendo técnicas específicas com a finalidade de proceder a limpeza de óleo derramado no mar:
"O Brasil descobriu uma maneira simples e eficiente de retirar petróleo do mar após acidentes como o ocorrido com a BP, cujo método de limpeza foi criticado por biólogos e ambientalistas.
No caso da BP, o óleo recolhido está sendo queimado, e dispersantes químicos estão sendo jogados no mar para diluir a mancha.
Na solução brasileira, não apenas é possível retirar quase todo o petróleo derramado no mar como aproveitá-lo novamente, dizem pesquisadores. O método ainda aproveita a glicerina gerada pela crescente produção de biodiesel no país.
O pulo do gato, segundo o professor do Instituto de Macromoléculas da UFRJ, Fernando Gomes de Souza Júnior, 35 anos, que liderou os estudos, foi transformar a glicerina produzida com o biodiesel em um material plástico o mais parecido possível com o petróleo, a partir de uma demanda do governo.
"Hoje em dia são 100 mil toneladas por ano de sobra de glicerina. O governo tem investido em pesquisa para o uso dessa glicerina e um desses casos é o nosso", explicou à Reuters o professor capixaba que chegou há dois anos na UFRJ.
A previsão é de que em 2013, quando a mistura do biodiesel ao diesel no Brasil será elevada dos atuais 4% para 5%, sejam produzidas 250 mil toneladas de glicerina, produto que já é utilizado em detergentes, sabonetes e cosméticos.
"Por isso, consideramos esse produto viável comercialmente, porque a quantidade de glicerina que vai ser produzida é absurda e precisa de um destino para isso", afirmou.
O método, testado com sucesso em laboratório e em processo de registro de patente, consiste em transformar a glicerina do biodiesel em pó, que é jogado sobre o petróleo derramado. A substância nessas condições se transforma em uma espécie de massa plástica flutuante.
"Acontece um fenômeno natural entre o petróleo e esse plástico, a absorção, porque os dois são igualmente hidrofóbicos e se afastam juntos da água", explicou Souza Júnior.
Cada tonelada de glicerina retira 23 toneladas de petróleo, informou.
Para facilitar a retirada da mistura do mar, são acrescentadas partículas de ferro em escala nanométrica na massa plástica que pode ser então atraída por uma esteira magnetizada.
O petróleo, retirado junto à glicerina, recebe uma carga de querosene para ser filtrado.
"Na filtragem vai sair uma mistura de petróleo e querosene, isso pode ir para uma torre de destilação, ser fracionado, e seguir os processos petroquímicos convencionais", informou.
Antes trabalhando com o óleo da castanha de caju, a pesquisa da UFRJ deslanchou após o governo incentivar projetos que aproveitassem a glicerina produzida pelo biodiesel, com objetivo de proteger a cadeia produtiva da glicerina animal.
"Com isso, a gente não quebra a cadeia produtiva que já existe e ainda reaproveita tanto o petróleo retirado como a própria glicerina utilizada", avaliou, ressaltando que desde que foi iniciado o programa do biodiesel, o preço da glicerina vem caindo no mercado.
Financiada em parte pela UFRJ, os direitos da tecnologia foram transferidos para a universidade, que poderá se encarregar pela eventual comercialização do sistema.
Segundo Souza Júnior, uma fábrica para produção da glicerina usada no sistema pode ficar pronta em seis meses a partir do interesse de algum grupo em explorar a técnica".
Postado por Sylvio Silveira Santos às 15:19

A 2a notícia eu vi na internet e pode ser lida em:
http://blog.eco4planet.com/2009/09/detergente-ecologico/

Cientistas cariocas criam produto que ajuda na limpeza de derramamentos de óleo em rios, lagoas e no mar

Uma interessante novidade acaba de ser criada nos laboratórios do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os pesquisadores cariocas desenvolveram um detergente que deve se tornar uma ótima arma contra a poluição causada por derramamentos de óleo no mar, rios, lagos e lagoas ou pelo rompimento de oleodutos em terra. O novo produto de limpeza é biodegradável e tem propriedades que o tornam capaz de eliminar as manchas de óleo.


Produzido a partir de fontes renováveis de carbono, o detergente ecológico, além de limpar as manchas de óleo em água e terra, também pode reduzir a contaminação e os impactos que esse tipo de problema causa no meio ambiente. A pesquisa, iniciada há cerca de 10 anos, é inédita e obteve resultados que satisfizeram os cientistas. Entre os planos da equipe responsável pela criação do produto está a produção em escala industrial.

O produto é obtido a partir de um processo de fermentação das bactérias Pseudomonas sp, que usam moléculas de carbono para dar origem ao detergente biodegradável. Originárias de poços de petróleo, essas bactérias têm como única forma de sobrevivência o consumo das cadeias orgânicas do petróleo. Daí, o poder detergente que essas moléculas, após manejadas em laboratório, têm na limpeza de manchas de óleo em diversas superfícies.


são duas notícias que nos deixam um tanto orgulhosos e um tanto esperançosos de numa situação lamentável como aquela reagirmos de modo mais ágil e mais eficaz.





1 Comentários:

Blogger Unknown disse...

Muito bom... Tinha que ser brasileiro para inventar um negócio desses! Fantástico!

15 de agosto de 2010 às 08:50  

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